Ceará tem 16 açudes sangrando e volume total é maior do que em fevereiro de 2024

Por Bárbara Mirele 06/03/2025 - 09:10 hs

No Ceará, 16 açudes estão sangrando, conforme dados da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) e da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).

O Estado finalizou o mês de fevereiro com acúmulo total de 44,4% das reservas hídricas monitoradas.

Foi observada uma melhora significativa em comparação ao mesmo mês do ano anterior, quando havia apenas 37% da capacidade.

Os aportes não ocorrem de maneira homogênea em todo o território cearense, apesar das chuvas registradas. O presidente da Cogerh, Yuri Castro, explica que a recarga dos açudes depende de fatores diferentes.

Confira os açudes que estão sangrando

  • São Vicente
  • Acaraú Mirim
  • Jenipapo
  • São Pedro Timbaúba
  • Gerardo Atimbone
  • Arrebita
  • Forquilha
  • Itapajé
  • Quandú
  • Cauhipe
  • Maranguapinho
  • Tijuquinha
  • Germinal
  • Pesqueiro
  • Sucesso
  • Caldeirões

Ele destaca que nem sempre as chuvas resultam em aportes: “As chuvas, mesmo na média ou até acima da média, carecem de constância e precisam cair no lugar certo para gerar escoamento e, consequentemente, aportes”, disse em nota enviada à imprensa.

Dos grandes açudes do Estado, três se destacam e apresentam bons resultados, são eles: Açude Banabuiú com 35% da capacidade, Castanhão — maior reservatório do Ceará — com 27% da capacidade, e o Açude Orós — segundo maior do Estado — com 60%.

Veja o volume acumulado por região hidrográfica

  • Coreaú: 80,1%
  • Litoral: 85,8%
  • Acaraú: 78,6%
  • Curu: 57,4%
  • Serra da Ibiapaba: 63,1%
  • Metropolitana: 60,3%
  • Baixo Jaguaribe: 62,4%
  • Médio Jaguaribe: 28,1%
  • Banabuiú: 35,5%
  • Alto Jaguaribe: 57,3%
  • Sertões de Crateús: 15,6%
  • Salgado: 52,1%

Os dados foram coletados pela Cogerh no último dia 28 de fevereiro. Segundo a pasta, as bacias hidrográficas do norte do Estado apresentam uma situação mais confortável, com volumes acima de 70% da sua capacidade total.

Regiões como a do Sertões de Crateús, onde os açudes acumulam menos de 20%, e no Médio Jaguaribe, com volumes abaixo de 30%, necessitam de atenção.